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Métodos ativos: Kodály

Atualizado: 16 de jul. de 2020


Oiii profes … Tudo certo? Nesse post eu trouxe um pouco sobre Kodály, quem ele foi e sua metodologia. Também quero deixar sugestões de atividades para que você possa usar em suas aulas. Então vamos lá !!!

Zoltán Kodály, nasceu no dia 16 de dezembro de 1882, na Hungria. Foi compositor, etnomusicologista, linguista e filósofo. Ele era muito nacionalista, tinha a ideia de reconstruir a cultura húngara. Com isso, no ano de 1806 em uma viagem para Berlim, começou a pesquisar e investigar sobre a música de seu país. ​Ele tinha a opinião de que todo ser humano deveria ser ​alfabetizado musicalmente e que a música deveria ser algo oferecido regularmente nas escolas, tornando assim, parte do cotidiano das pessoas. Também tinha interesse em enriquecer a vida dos alunos com criatividade e humanização, através da música.


Proposta pedagógica:


Sua proposta era estruturada no uso da voz e músicas folclóricas na língua materna dos alunos, para que assim, pudesse ser feito em qualquer país. Através dessa forma de ensino, ele aplicava sua intenção nacionalista, fazendo as crianças desde muito novas, criarem uma identidade cultural do próprio país.

Kodály recomendava a aplicabilidade da metodologia diretamente nas escolas e desde a educação infantil, preparando os alunos para o futuro como ouvintes. Algo importante, é que ele propunha que os conteúdos aplicados fossem compatíveis com as habilidades, idade e estágios do crescimento da criança. Ele considerava o canto muito essencial, pois oferece desenvolvimento emocional e intelectual, expressão musical e parâmetros musicais como : ritmos, pulsação, forma, melodia e afinação. Também ajuda o aluno a internalizar o que ouviu, como intervalos musicais.


Sua metodologia é dividida em quatro elementos:


  • Solmização com a tônica Sol - Fá

  • Manossolfa na realização das alturas musicais

  • Dó móvel

  • Leitura absoluta


Os elementos solmização e Dó móvel, serviam para que o aluno aprendesse a relação intervalar entre as notas e pudesse as internalizar. O dó móvel encaminha o aluno para a aprendizagem das notas na pauta, porém lembrando que não é obrigatório, o estudo pode ser feito somente por imitação, sem leitura. Para a solmização, é utilizado letras para representação de cada nota, da seguinte forma: dó, ré, mi fá sol, lá, ti, dó = d, r, m, f, s, l, t e d, respectivamente.

Uma ferramenta muito usada na metodologia de Kodály é o manossolfa, que ​é a forma gestual feita com as mãos para indicar as notas musicais. Através desse meio, não é necessário o uso de material escrito para comunicar a altura dos sons que devem ser executados. Essa é uma forma de os alunos visualizar as alturas das notas e assim, ajudar a internalizar os sons. O professor deve sempre cantar uma nota que seja confortável para seus alunos e também as alturas que serão utilizadas, porém, sem o uso de qualquer instrumento.

Kodály não utilizava um som fixo e nem um instrumento para dar a alturas dos sons a ser usada, costumava escolher uma nota que viesse em sua cabeça e a cantava como tônica dó. Com isso, fazia facilmente o transporte de tonalidade. Para ele, era importante o aluno ter noção da aprendizagem nas alturas, pois facilitaria a identificação sonora, a memorização da distância entre as notas, a improvisação e o solfejo a partir de uma tônica. O uso do dó móvel é um grande facilitador nessa aprendizagem, pois induzia o aluno a conseguir atribuir um centro tonal a nota que ele escolhesse e quando fosse necessário esse aluno fazer uma modulação em uma música, ele já teria essa ferramenta. O dó móvel pode ser usado em sala de aula com ou sem o auxílio de pauta e claves.


Atividade 1:


A atividade consiste em cantar a música Brilha, brilha estrelinha, fazendo o manossolfa. Para isso, primeiramente o professor irá mostrar os gestos manuais e pedir para os alunos repetirem. Após todos conseguirem fazer e ter memorizado cada nota, o professor irá escolher uma tônica e a partir dela, cantar a escala com o manossolfa nas alturas. Depois disso, cantara a melodia da canção com os alunos, porém sem a partitura, incentivando-os a decorarem as notas. Para isso, o professor precisa ter as notas memorizadas. Por fim, todos cantarão a melodia fazendo os gestos do manossolfa com as mãos. Com essa base, o professor pode criar improvisações, pedir para que seus alunos improvisem ou dividir a sala em grupo e fazer vozes sobre a melodia.


Atividade 2:


A turma ficará em roda e o professor realizará o ritmo da canção (a sua escolha), com palmas, frase por frase. Também pode ser feito o solfejo rítmico com as sílabas (Tá, Ti-ti e Táa). Após isso o professor introduzirá a letra e melodia da canção, até que todos os alunos aprendam. A roda deve caminhar no primeiro tempo do compasso ou na pulsação da música. Depois de ter feito essa etapa, o professor estimulará os alunos a identificar as alturas das notas que foram cantadas. Um complemento para essa atividade é que as alunos identifiquem a grafia do ritmo da música.



“ Temos que educar músicos antes de formar instrumentistas. Uma criança só deve ganhar um instrumento depois que ela já sabe cantar. A habilidade de compreender música vem através da alfabetização musical transferida para a faculdade de ouvir internamente. E a maneira mais efetiva de se fazer isto é através do canto.”

(Kodály).


REFERÊNCIAS:


MATEIRO, Tereza & ILARI, Beatriz. Pedagogias em Educação Musical. Intersaberes. Curitiba (2013)


FONTERRADA, M. O. T. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP; Rio de Janeiro: Funarte, 2008.



Espero que tenha ajudado, se sim, compartilhe com seus amigos…

Muito obrigada pela sua atenção …

Dúvidas ou sugestões, entre em contato conosco!!!




 
 
 

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muitooooooo bom

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